Aramatelqo
Aramatelqo
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12º Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe | ||||||||||||
Estatua de Aramatleqo do Museo Egizio de Turin | ||||||||||||
Reinado | 568 – 555 a.C. | |||||||||||
Antecessor(a) | Aspelta | |||||||||||
Sucessor(a) | Malonaqen | |||||||||||
Sepultado em | Nuri (Nu. 9) | |||||||||||
Cônjuge | Atamataca, Piankh-her, Maletasen, Amanitakaye, Akhe(qa) | |||||||||||
Descendência | Malonaqen | |||||||||||
Pai | Aspelta | |||||||||||
Mãe | Henutaquebite |
Aramatelqo (também grafado: Aramatle-qo, Aramatleqo, Aramatelka, Amtalqa) foi o Décimo Segundo Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe que governou de 568 a 555 a.C., foi o sucessor de Aspelta. Após seu entronamento tomou o nome de trono de Uadjecaré (Próspero é o espírito de Rá). [1] [2]
Histórico
Aramatelqo foi filho de Aspelta e de sua esposa Henuttakhbit. Sua primeira esposa foi Akheqa, com teria tido um filho, Yesruamen. Amanitakaye sua segunda esposa lhe deu o herdeiro Malonaqen , uma terceira esposa Atmataka (Atamataka) que também lhe deu um filho, Khaletali. Aramatelqo ainda teve duas esposas, Maletase (Malotasen) e Piye-la (Pianjher ou Ankher), mas em nenhuma fonte registrou alguma descendência, pelo menos masculina.
Seu reinado, provavelmente sediado em Meroé foi pacífico e próspero: no Egito havia começado o longo reinado de Amósis II (570 - 526 a.C.) que iria restaurar as relações políticas e comerciais com o reino de Cuxe.
Uma estátua de granito de Aramatelqo foi encontrada no pátio do templo de Ámon em Napata. Nela vemos Aramatelqo sentado, vestido para o festival em homenagem ao deus Sed (Assiut). Na inscrição na base da estátua ele é chamado Amado de Ámon-Ra. Assim, a imagem do Rei está associada ao templo de Amon, que também recebeu o título de aquele quem escuta as petições. Desta forma se associa a imagem do rei não só como um devoto do Deus, mas como um verdadeiro intermediário entre Ámon e as pessoas comuns. [3] [4]
Ao contrário de seus antecessores cujas estátuas descobertas no templo mediam entre 4,18 e 1,47 metros de altura, a de Aramatelqo era pequeno medindo apenas 75 cm, e foi o último rei de Cuxe a manter essa tradição. O estilo da estátua, apesar da restauração dos contatos com o Egito, não foi influenciada pela arte contemporânea daquele país. [3] [4]
De acordo com a maioria dos estudiosos Aramatelqo reinou de 568 a 555 a.C., e foi sucedido no trono por seu filho Malonaqen após a sua morte. [5] . A transmissão do trono quase sempre era feita entre irmãos, somente após a morte de todos os irmãos é que a ascensão ia para a próxima geração.
Aramatelqo foi enterrado na Necrópole de Nuri. Na pirâmide Nu 9. [6] Todas as suas rainhas também foram enterradas em Nuri, em suas próprias pirâmides. Akheqa foi enterrado na pirâmide 38; Amanitakaye na 26; Atmataka na 55, Maletase na 39 e Piye-la na 57. [7]
Precedido por Aspelta |
12º Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe 568 – 555 a.C. |
Sucedido por Malonaqen |
Referências
- ↑ King Aramatelka ( Amtalqa ) (em inglês), Museum of Fine Arts, Boston. página acessada em 26/03/2019
- ↑ Török, László (1997). The Kingdom of Kush:. Handbook of the Napatan-Meroitic Civilization (em inglês). [S.l.]: BRILL, p. 202. ISBN 9789004294011
- ↑ a b Török, László (2009). Between Two Worlds:. The Frontier Region Between Ancient Nubia and Egypt, 3700 BC-AD 500 (em inglês). [S.l.]: BRILL, pp. 348-350. ISBN 9789004171978
- ↑ a b Török. The Kingdom of Kush:. [S.l.]: p. 313
- ↑ Jr, Richard A. Lobban (2003). Historical Dictionary of Ancient and Medieval Nubia (em inglês). [S.l.]: Scarecrow Press, p. 37. ISBN 9780810865785
- ↑ Tormod Eide. Fontes Historiae Nubiorum:. From the eighth to the mid-fifth century BC (em inglês). [S.l.]: University of Bergen, Department of Classics, p. 296. ISBN 9788299141161
- ↑ Eide. Fontes Historiae Nubiorum. [S.l.]: p. 290