Diabos Vermelhos
Lema | "Connosco Quem Quiser, Contra Nós Quem Puder" |
Tipo | Claque |
Fundação | 11 de novembro de 1982 (42 anos) |
Sede | Estádio da Luz |
Filiação | Benfica |
Sítio oficial |
Os Diabos Vermelhos são uma claque organizada (não oficial) apoiante do Sport Lisboa e Benfica, formada no dia 11 de novembro de 1982.
Os Diabos Vermelhos contam com cerca de 2 000 associados.[1]
História
Os Diabos Vermelhos são a claque mais antiga do Sport Lisboa e Benfica. A claque desloca-se a todos os jogos nacionais e internacionais, apoiando o Benfica por todo o mundo, e, em diferentes modalidades particularmente o Hóquei em Patins. No Estádio da Luz, estes apoiantes podem ser encontrados sempre no sector 28 piso 0 inferior e superior, da bancada norte (bancada Mais vantagens).[2]
Início
Os Diabos Vermelhos nascem em 1982. O nascimento dá-se pela união de um grupo de sócios do Benfica que habitualmente se reunia na bancada central 2.º anel do Estádio da Luz, anteriormente ao aparecimento da claque.[3] Em novembro de 1982, aparece a primeira faixa dos D.V. e com ela algumas bandeiras. O grupo começa a formar-se então como uma verdadeira claque, bastante incentivada com a excelente prestação da equipa encarnada na Taça UEFA e contando com o fator "novidade", rapidamente, juntou muitos jovens adeptos. As características, iniciais, da claque eram muito próprias: caras pintadas (às vezes também o cabelo), utilização de muitas dezenas de bandeiras, predominantemente só vermelhas e brancas, faixas com o nome da claque com os mais variados símbolos, constante, de símbolos britânicos como a conhecida e tradicional bandeira inglesa ou a "Union Jack" pelas suas cores eram adoptadas no seio da claque. Os tifos apesar de não serem muito originais davam nas vistas pelo "excesso", que parecia ser o lema da altura, dezenas de tochas e potes coloriam o "sector ultras" do Estádio da Luz, e as grandes bandeiras envolviam-se no ar com os muitos rolos lançados.
No apoio vocal, os DV eram considerados como uma claque ruidosa, mas como nas outras claques existentes na altura, os cânticos baseavam-se em gritar pelo nome do clube ou, única e exclusivamente, insultar a equipa adversária.
Com o passar do tempo e já com os DV no 1.º anel da central, a claque juntava muita gente na Luz bem como nas suas deslocações, das quais se destacavam as que eram feitas aos estádios dos seus rivais Sporting e Porto, onde às vezes aconteciam incidentes, mas nunca com finais trágicos, pois nessa altura as lutas eram espontâneas e leais, não eram premeditadas e planeadas e baseavam-se na luta (leal) corpo a corpo. Outros incidentes aconteciam, mas em situações facilmente controláveis.
A pouco e pouco os Diabos Vermelhos foram renovando o seu material, aparecem novas faixas e bandeiras começam a ter novas características; se até então predominava o vermelho e branco a partir de uma certa altura começam a utilizar-se cores derivadas e ou conjugadas com as originais do clube. Aparece então o laranja, o amarelo etc... Tudo isto vem renovar um pouco a imagem da claque que assim se mantém até final da década de 1980 inícios de 1990.
Ruptura e aparecimento dos No Name Boys
Numa fase em que a claque contava com excelentes apoios da direção do clube, alguém se lembra de renovar a direção da claque, só que essa tentativa falhou e criou-se uma ruptura no seio do grupo, isto em inícios de 1992, chegando mesmo a haver dois grupos, em sítios diferentes do estádio, com o mesmo nome "Diabos Vermelhos". Todo este processo que envolveu o abandono de alguns membros da claque fez com que o grupo, praticamente, batesse no fundo, embora tenha conseguido ficar com o nome original. Foi aí que nasceram os No Name Boys.[1]
A fratura no seio do grupo ditou a queda da claque, que nunca tinha tido mais de 500 inscritos mas que de qualquer forma, juntava sempre muita gente que não era sócia, o grupo então dividiu-se e a afluência de jovens começou a escassear de tal forma que mais ou menos em 1992/1993, a claque chega a ter apenas cerca de 10 elementos na bancada.
Anos 2000
Divergências no seio do grupo levaram ao afastamento de Emanuel Lameiras, até então líder dos Diabos Vermelhos. Com a saída do seu líder muitos elementos acabaram por abandonar a claque e ingressado nos No Name Boys, sendo que outros acabariam por abandonar em definitivo o movimento ultra. Com o tempo estas divergências chegaram ao ponto de haver provocações e confrontos entre as claques.[4]
Não satisfeitos com a maneira como a claque estava a ser gerida e também aliado ao fraco rendimento da equipa de futebol, e à crise financeira que acabou por obrigar à emigração de milhares de portugueses, muitos foram os elementos dos Diabos Vermelhos que acabaram por abandonar a claque e o movimento ultra.
Referências
- ↑ a b «Adeptos - Claques - Diabos Vermelhos». Consultado em 1 de dezembro de 2024
- ↑ «Diabos Vermelhos História». Consultado em 12 de abril de 2011. Arquivado do original em 30 de agosto de 2009
- ↑ Roseiro, Bruno. «Claques. Como nasceram, de que forma evoluíram, no que se tornaram (com polémicas e violência pelo meio)». Observador. Consultado em 1 de dezembro de 2024
- ↑ Abola.pt (14 de novembro de 2024). «'Guerra' de claques na Luz: No Name apagam pintura dos Diabos Vermelhos | Abola.pt». Abola.pt. Consultado em 1 de dezembro de 2024