Dina Salústio
Dina Salústio | |
---|---|
Nascimento | 1941 (84 anos) Ilha de Santo Antão |
Cidadania | Cabo Verde |
Ocupação | escritora, professora, jornalista |
Dina Salústio (Santo Antão,1957), é uma antiga jornalista, professora e premiada escritora cabo-verdiana. Considerada a primeira mulher a escrever um romance em Cabo Verde e é membro fundador da Academia Cabo-verdiana de Letras. Foi por duas vezes distinguida pelo Governo de Cabo Verde, primeiro com a Medalha de Mérito Cultural e depois com a 1ª Classe da Medalha do Vulcão.
Biografia
Dina Salústio é o pseudónimo adoptado por Bernardina de Oliveira Salústio, que nasceu em Cabo Verde na ilha de Santo Antão em 1941. [1][2] Viveu e trabalhou como jornalista, professora e assistente social em vários países, nomeadamente Angola, Portugal e Cabo Verde, onde chegou a trabalhar no Ministério dos Assuntos Exteriores. [3][4][5]
Tem 53 anos quando em 1994, lança a sua primeira obra, o livro de contos Mornas Eram as Noites. [3][6] Quatro anos mais tarde, publica o romance A Louca de Serrano que é considerada a primeira obra de ficção escrita por uma mulher em Cabo Verde. [3][7][8]
Em 2013, ao lado de outras personalidades cabo-verdianas funda a Academia Cabo-verdiana de Letras. [9]
Prémios e Reconhecimento
O seu livro Mornas eram as Noites, foi distinguido com o Prémio de Literatura Infantil de Cabo Verde em 1994 e o Prémio de Literatura Infantil dos PALOP em 1999. [10]
O Governo de Cabo Verde, condecorou-a com a Medalha de Mérito Cultural em 2005 e cinco anos mais tarde com a 1ª Classe da Medalha do Vulcão. [11][12]
Foi galardoada com o Prémio Rosalía de Castro do Centro Pen Galiza em 2016. [13] Dois anos mais tarde, a tradução do seu livro A Louca de Serrano, ganhou o Prémio Pen Reino Unido de Tradução de 2018. [14][15][16]
Na gala da RDP África de 2021, é distinguida com o Prémio Prestigio na categoria Literatura. [17]
Recebeu em 2022, o Prémio Literário Guerra Junqueiro, atribuído pelo Freixo Festival Internacional de Literatura (FFIL) que se realiza em Portugal no concelho de Freixo de Espada à Cinta que em edições anteriores premiou escritores como Abdulai Sila, Luís Carlos Patraquim, Vera Duarte Pina e Xanana Gusmão. [18][19] No mesmo ano foi homenageada pela Academia Cabo-verdiana de Letras que ajudou a fundar. [20][9]
Obras Seleccionadas
Escreveu as obras: [21][22][2]
1994 - Mornas Eram as Noites (colectânea de contos), editado pelo Instituto Camões, ISBN 972-566-198-2 [10][23]
1998 - A Louca de Serrano (romance), edições Spleen [24]
1998 - A Estrelinha Tlim Tlim, com ilustrações de Júlio Resende, editado pelo Centro Cultural Português da Praia-Mindelo [25][26][27]
2001 - Violência Contra as Mulheres (estudo) [3]
2002 - Que os olhos não vêem, co-autora Marilene Pereira, Instituto Camões Centro Cultural Português da Praia [28]
2009 - Filhas do Vento, Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro de Cabo Verde [29]
2018 - Filhos de Deus: contos e monólogos, Biblioteca Nacional de Cabo Verde [30]
2019 - Veromar, editora Rosa de Porcelana, ISBN: 978-989-896-106-8 [31]
Referências
- ↑ Costa, Alan Ricardo; Fagundes, Angelise; Fontana, Marcus V. L. (20 de dezembro de 2021). Letras para a liberdade: perspectivas críticas no ensino de línguas e literaturas. [S.l.]: Pimenta Cultural
- ↑ a b «Memórias de África e do Oriente | Catálogo - Pesquisa no Autor - por [salustio, dina]». memoria-africa.ua.pt. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ a b c d «"Não é o escritor que vai à procura da realidade, a realidade é tão forte que nos obriga a escrever"». 26 de fevereiro de 2018. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Infopédia. «Dina Salústio - Infopédia». Infopédia - Porto Editora. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ «Bernardina Oliveira ( Dina Salústio) / Personalidades / Identidade / Início - CABO VERDE info». www.caboverde-info.com. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Gomes, Simone Caputo (1 de março de 2012). «O conto de Dina Salústio: um marco na literatura cabo -verdiana». Forma Breve (9): 265–284. ISSN 2183-4709. doi:10.34624/fb.v0i9.6226. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Deus, Lílian Paula Serra e. «Orlanda Amarílis, Vera Duarte e Dina Salústio: a tessitura da escrita de autoria feminina na ficção cabo-verdiana». Revista Veredas
- ↑ Lima-Neves, Terza A. Silva; Pilgrim, Aminah N. (11 de maio de 2021). Cabo Verdean Women Writing Remembrance, Resistance, and Revolution: Kriolas Poderozas (em inglês). [S.l.]: Rowman & Littlefield
- ↑ a b «Academia Cabo-verdiana de Letras». acl.cv. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ a b «"A reedição de Mornas Eram as Noites é um reconhecimento do percurso notável de Dina Salústio" – MCIC, Abraão Vicente». Governo de Cabo Verde. 5 de fevereiro de 2021. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Monteiro, Romice. «Dina Salústio homenageada no Grémio Literário de Lisboa – A Nação – Jornal Independente». Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Reis, Arsenio (9 de março de 2018). «"Uso o feminismo na escrita como um instrumento de denúncia"». Plataforma Media. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Magalhães, Chissana. «Dina Salústio premiada em Espanha». Expresso das Ilhas
- ↑ Magalhães, Chissana. «"A Louca de Serrano" conquista o Prémio Pen de Tradução». Expresso das Ilhas
- ↑ «PEN Translates awards showcase writers from seventeen countries». English Pen (em inglês). Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Queiroz, Mirna (19 de novembro de 2020). Travessias imaginárias. [S.l.]: Edições Sesc SP
- ↑ «Raiz di Polon e Dina Salústio distinguidos com prémio Prestígio RDP África 25 anos». Expresso das Ilhas
- ↑ «Visão | Escritora cabo-verdiana Dina Salústio vence Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia». Visão. 25 de março de 2022. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ «Ministro da Cultura felicita escritora Dina Salústio pelo Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2022 | INFORPRESS». 25 de março de 2022. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Mendes, Dulcina. «Academia Cabo verdiana de Letras vai homenagear Dina Salústio». Expresso das Ilhas zero width space character character in
|titulo=
at position 1 (ajuda) - ↑ «Obras de Dina Salustio presentes no catalogo da Biblioteca Nacional de Portugal». catalogo.bnportugal.gov.pt. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ «Dina Salústio». www.goodreads.com. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Veiga, Manuel (1 de janeiro de 1998). Cabo Verde: insularidade e literatura. [S.l.]: KARTHALA Editions
- ↑ Salústio, Dina (1998). A louca de Serrano. [S.l.]: Edições Spleen
- ↑ «Catálogo da Feira: «A Estrelinha Tlim Tlim» Dina Salústio». Catálogo da Feira. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ «Memórias de África e do Oriente | Catálogo - Pesquisa no Título - por [a estrelinha tlim tlim]». memoria-africa.ua.pt. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ «Cabo Verde». Instituto Camões - Cabo Verde. 23 de junho de 2016. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ «O que os olhos não vêem». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 28 de março de 2022
- ↑ Salustio, Dina; Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro (Cabo Verde) (2009). Filhas do vento. Praia: Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro. OCLC 853679975
- ↑ Salústio, Dina (2018). Filhos de deus: contos e monólogos. [S.l.]: Biblioteca Nacional de Cabo Verde
- ↑ «Dina Salústio | Wook». www.wook.pt. Consultado em 28 de março de 2022
Ligações Externas
- Arquivos RTP | Dina Salústio entrevistada por Raquel Santos no programa Entre Nós (2004)
- Academia Gloriense de Letras | Entrevista a Dina Salústio: De conto em conto (2020)
- TV247 | Áfricas: Dina Salústio (2021)
- RTC - Rádio Televisão Cabo-verdiana | Escritora Dina Salústio, recebe, na Praia prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2022