Dionísio II de Siracusa
Dionísio II de Siracusa | |
---|---|
Nascimento | 397 a.C. Siracusa |
Morte | 343 a.C. Ancient Corinth |
Progenitores |
|
Cônjuge | Sophrosyne |
Filho(a)(s) | Apollocrates |
Irmão(ã)(s) | Arete of Syracuse, Nysaios of Syracuse, Hiparino, Sophrosyne |
Ocupação | político, elegista |
Dionísio II (ca. 397 a.C. – 343 a.C.), tirano de Siracusa (Século IV a.C.).
Biografia
Ao tornar-se tirano de Siracusa, Dionísio II estabeleceu a paz com Cartago e gozou dez anos de governo tranquilo. Seu interesse pela Filosofia fez com que recebesse a visita de Platão. Mas em 355 a.C. ele perdeu o controle de Siracusa.
Queda
Em 347 a.C., Dionísio retomou o poder em Siracusa, mas teve que lutar contra Hicetas. Hicetas, a partir de Leontinos,[Nota 1][1] atacou e sitiou Siracusa com um grande exército,[2] mas como o cerco se prolongou demais, Hicetas voltou para Leontinos.[1] Dionísio atacou as tropas em retirada,[1] mas Hicetas voltou, derrotou Dionísio, e tomou Siracusa, exceto a ilha.[Nota 2][3]
Logo depois, parte de Siracusa foi tomada por Timoleon,[4] mas, no ano seguinte, o ano da 109.a Olimpíada,[5] a situação em Siracusa tornou-se caótica: Dionísio controlava a ilha (a cidadela), Hicetas controlada Achradina e Neapolis, Timoleon o resto da cidade, e ainda havia cento e cinquenta trirremes de Cartago no porto, com cinquenta mil homens em terra.[6]
Quando chegaram as forças de Marcus, tirano da Catânia e aliado de Timoleon, e dez navios de Corinto,[7] os cartagineses se retiraram do porto,[7] e Hicetas ficou isolado.[8] Com isto, Timoleon tomou Siracusa.[8]
No ano seguinte, Timoleon negociou a rendição de Dionísio, que ganhou salvo-conduto para ir para o Peloponeso, levando suas posses.[9]
Timoleon arrasou a cidadela e os palácios da ilha,[10] e estabeleceu um novo código de leis, com um governo democrático em Siracusa;[11] o cargo máximo, renovado anualmente, passou a ser o amphipoly de Zeus Olímpico, sendo Calímenes, filho de Alcadas, o primeiro a ocupar o cargo sacerdotal.[12] Este sistema perdurou por um longo tempo,[Nota 3] porém depois que os siracusanos se tornaram cidadãos romanos, o cargo perdeu a importância, após passar trezentos anos sendo importante.[12]
Exílio em Corinto
Dionísio terminou seus dias em Corinto, na pobreza, servindo como exemplo com sua vida e infortúnio àqueles que não agem de forma sábia quando tem sucesso.[13] Ele faleceu em 342 a.C.
Notas e referências
Notas
- ↑ Diodoro Sículo cita Teopompo de Quio como sua fonte; no livro História de Filipe, três livros (XLI-XLIII) foram dedicados a Siracusa, cobrindo o período de 50 anos que vai da tirania de Dionísio I até a queda de Dionísio II
- ↑ Siracusa tinha uma ilha, que Dionísio I fortificou, tornando-a a cidadela
- ↑ Diodoro Sículo, que escreveu no século I a.C., diz que o sistema continuava em vigor até os seus dias
Referências
- ↑ a b c Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 68.2
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 68.1
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 68.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 68.11
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 69.1
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 69.3
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 69.4
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 69.5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 70.1
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 70.4
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 70.5
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 70.6
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 70.2
Bibliografia
- Bowder, Diana. Quem foi quem na Grécia Antiga. São Paulo, Ed. Círculo do Livro, s/d