Igreja Católica em Brunei
Brunei | |
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Ano | 2021[1] |
População total | 441.000[2] |
Cristãos | 38.367 (8,7%)[2] |
Católicos | 17.000 (3,9%)[1] |
Paróquias | 3[1] |
Presbíteros | 3[1] |
Seminaristas | 1[1] |
Presidente da Conferência Episcopal | Julian Leow Beng Kim[3] |
Núncio apostólico | Wojciech Załuski[4] |
Códice | BN |
A Igreja Católica em Brunei é parte da Igreja Católica universal, em comunhão com a liderança espiritual do Papa, em Roma, e da Santa Sé.[5] O relatório de perseguição religiosa de 2024 da fundação Portas Abertas considerou Brunei como o 44.º país que mais persegue os cristãos no mundo.[6]
História
O islamismo foi introduzido no norte da ilha de Bornéu no século V, mas só foi se tornar a religião dominante no século XIV.[7] No século XVI, atividades missionárias de comerciantes portugueses falharam.[6]
Originalmente parte do Vicariato Apostólico das Índias Orientais, desde 1842, a Igreja Católica bruneana foi colocada sob a jurisdição da Diocese de Miri em 1959, parte da Igreja na Malásia. Em 1926, ocorreu a descoberta de petróleo na costa de Brunei, e de gás natural, em 1960, impulsionou muito a economia da região. Com isso, o governo começou a sofrer pressão para se juntar à Malásia. O nacionalismo que tomava conta da população na época, levou à independência de Brunei em 1º de janeiro de 1984.[7]
Em 1991, o governo quis reafirmar seu compromisso com o islamismo, e, por isso proibiu a celebração do Natal, proibiu as duas escolas católicas do país de ensinar qualquer religião que não o islã, além de ser obrigadas a ensinar a escrita árabe. Dois anos depos, o governo reafirmou seu compromisso com a liberdade religiosa por meio da Declaração de Kuala Lumpur, embora as religiões não muçulmanas tenham permanecido sob as restrições impostas pela lei islâmica, a sharia. Em 1997, o Vaticano criou a Prefeitura Apostólica de Brunei, o que foi visto como um passo em direção a uma abordagem mais moderada em relação às religiões não muçulmanas. Foi mantida como sufragânea da Província Eclesiástica em Kuching. O monsenhor Cornelius Sim foi nomeado como o prefeito apostólico.[7]
Atualmente
A maioria dos católicos que vivem em Brunei são chineses, filipinos e europeus que residem no país temporariamente em empregos relacionados à indústria do petróleo e do gás natural.[7]
Em 2000, Brunei tinha três paróquias e seus fiéis eram atendidos por padre um diocesano e um padre religioso.[7]
Organização territorial
O catolicismo está presente no país com uma circunscrição eclesiástica: o Vicariato Apostólico de Brunei, de rito romano.[8]
Conferência Episcopal
A reunião dos bispos de Brunei, Malásia e Singapura forma a Conferência dos Bispos Católicos da Malásia, Singapura e Brunei, que foi criada em 1964, e sua sede fica em Kuala Lumpur.[3]
Delegação Apostólica
A Delegação Apostólica de Brunei foi estabelecida em 1998, e sua sede fica localizada em Bangkok, na Tailândia.[4]
Ver também
- Religião em Brunei
- Igreja Católica na Malásia
- Igreja Católica em Singapura
Referências
- ↑ a b c d e «Catholic Church in Brunei» (em inglês). GCatholic. Consultado em 14 de setembro de 2024
- ↑ a b «2022 Report on International Religious Freedom: Brunei». Departamento de Estado dos Estados Unidos. Consultado em 14 de setembro de 2024
- ↑ a b «Catholic Bishops' Conference of Malaysia, Singapore and Brunei» (em inglês). GCatholic. Consultado em 14 de setembro de 2024
- ↑ a b «Apostolic Delegation - Brunei» (em inglês). GCatholic. Consultado em 14 de setembro de 2024
- ↑ «Brunei». Fundação ACN. Consultado em 14 de setembro de 2024
- ↑ a b «Brunei». Portas Abertas. Consultado em 14 de setembro de 2024
- ↑ a b c d e «Brunei, The Catholic Church in». Encyclopedia.com. Consultado em 14 de setembro de 2024
- ↑ «Catholic Dioceses in Brunei». GCatholic (em inglês). Consultado em 14 de setembro de 2024