Império Axânti

Império Axânti
1670 — 1957 
Bandeira
Bandeira
 
Escudo
Escudo
Bandeira Escudo

Império Axante no século XIX
Região Sudão
Capital Cumasi
Países atuais Gana

Língua oficial Axante
Religião Axante
Moeda

Forma de governo Monarquia
• 1670-1717  Osei Tutu I
• 1888-1896  Prempe I
• 1931-1957  Prempe II
• 1999-presente  Osei Tutu II

Período histórico
• 1670  Fundação
• 1701  Independência do Reino Denquiera
• 1896  Protetorado britânico
• 1935  Autonomia
• 1957  União política da região de Axante no Gana
• 1957  Dissolução

Área
 • 1874[1]   259 000 km²

População
 • 1874[1]   3 000 000  (est.)
     dens. pop. 11,6 hab./km²

O Império Axânti, [2][3][4][5][6][7] axante[8] ou achânti[9][10] (em inglês: ashanti ou asante; em axante: Asanteman) foi um estado pré-colonial da África Ocidental criado pelo povo akan e independente de 1701 a 1896. Situado na área correspondente à atual região Axânti, em Gana, o Império estendia-se desde Gana central até o Togo e a Costa do Marfim dos dias atuais. Hoje, a monarquia axânti continua a ser um dos estados subnacionais tradicionais, constitucionalmente protegidos, da República de Gana.

Origens

Os axântis são um importante grupo étnico de Gana. Eles foram um povo poderoso, militarista e altamente disciplinado da África Ocidental. Os antigos axântis migraram das imediações da região noroeste do Rio Níger após a queda do Império do Gana no século XIII. Evidência disto está nas cortes reais dos reis acãs, refletida pela dos reis axantes cujas procissões e cerimônias mostram resquícios de antigas cerimônias de Gana. Etnolinguistas têm comprovado a migração pelo uso das palavras e pelo padrão de fala ao longo da África Ocidental.

Por volta do século XIII, os axantes e vários outros acãs migraram para o cinturão de floresta da Gana atual e estabeleceram pequenos estados na região montanhosa em volta da atual cidade de Cumasi. No auge do Império do Mali, os axantes e o povo acã em geral enriqueceram como o comércio de ouro extraído do seu território. No início da história axante, este ouro foi negociado com os importantes impérios de Gana e Mali.

Uma confederação axante surgiu graças ao esforço de Osei Tutu I com alianças com povos vizinhos por política matrimonial e pressão diplomática.[11] De acordo com as tradições orais, o sacerdote Okomfo Anokye teria feito descer do céu um assento de ouro (sikadwa) que pousou em cima dos joelhos de Osei Tutu I.[11] Esse seria o símbolo da confederação axante, o qual se destruído, ou capturado por outros inimigos, todo o reino cairia no caos de acordo com Okomfo Anokye.[12]

Formação do reino

A organização política acã centrada em vários clãs, cada uma chefiada por um Chefe Supremo ou Amanhene[13]. Um desses clãs, os Oiocos, assentados na sub-região de floresta tropical do Gana, estabeleceu um centro em Cumasi[14]. Durante a elevação de outro Estado acã conhecido como Denquiera, axante tornou-se tributário. Mais tarde em meados de 1600, o clã Oioco[15] sob a chefia de Oti Akenten começou a consolidar outros clãs axantes em uma confederação livre que ocorreram sem destruir a autoridade suprema de cada chefe sobre seu clã[16]. Isto foi feito em parte por agressão militar, mas em grande parte por uni-los contra Denquiera, que anteriormente haviam dominado a região.

Ver também

  • Guerras anglo-axântis

Referências

  1. Obeng, J. Pashington: "Asante Catholicism: Religious and Cultural Reproduction Among the Akan of Ghana", page 20. BRILL, 1996
  2. Houaiss.
  3. Aulete 2017.
  4. Michaelis 2017.
  5. VOLP.
  6. Lopes 2014.
  7. Lopes e Macedo 2017.
  8. Silva 2014.
  9. VOC 2019.
  10. Macedo 2014.
  11. a b MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo, Editora Contexto. 2014. p. 77-78
  12. «Face2Face Africa History Face2Face Africa History». Face2Face Africa (em inglês). 28 de março de 2019. Consultado em 30 de julho de 2020 
  13. «Ashanti.com.au - Our King». Consultado em 10 de junho de 2008. Arquivado do original em 11 de dezembro de 2005 
  14. «Ashanti.com.au - Ashanti». Consultado em 10 de junho de 2008. Arquivado do original em 13 de abril de 2012 
  15. Roberto Guedes. «África, Brasileiros e Portugueses, Séculos XVI - XIX». Consultado em 26 de agosto de 2019 
  16. Ghana - The Precolonial Period

Bibliografia

Ligações externas