Jamaica Kincaid
Jamaica Kincaid | |
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Jamaica Kincaid, 2019. | |
Nascimento | Elanie Cynthia Potter Richardson 25 de maio de 1949 (75 anos) São João |
Cidadania | Estados Unidos |
Etnia | afro-americanos |
Cônjuge | Allen Shawn |
Filho(a)(s) | Harold Shawn |
Alma mater |
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Ocupação | escritora, romancista, dramaturga, professora universitária, ensaísta, jardineiro |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade Harvard, Claremont McKenna College |
Obras destacadas | Annie John, My Brother, Lucy |
Jamaica Kincaid (St. John, 25 de maio de 1949)[1] é uma escritora de Antígua e Barbuda radicada nos Estados Unidos. É residente em North Bennington, Vermont, durante os verões, e é professora de estudos africanos e afro-americanos na universidade de Harvard, onde mora no período acadêmico.[2] Foi ganhadora de diversos prêmios literários, entre eles o Prix Femina e o PEN Faulkner.
Biografia
Nasceu na ilha de Antígua e Barbuda, ex-colônia britânica no Caribe, em 1949 e ali cursou a educação primária no sistema britânico colonial até seus 16 anos, quando sua mãe a enviou para Nova Iorque para tomar conta de crianças em casa de uma família de classe alta. Foi ali que rebelou-se e nunca mandou dinheiro para sua mãe, com quem sempre teve uma péssima relação, tema bastante retratado em suas histórias. Trabalhava de dia como babá e à noite estudava fotografia na Escola de Pesquisa Social de Nova York e frequentou o Franconia College em New Hampshire.[3]
Queria ser escritora, mas não sabia como então passou anos experimentando em diversos suportes diferentes.[4] Em 1972, passou a se chamar Jamaica Kincaid. Jamaica, pois era como Cristóvão Colombo se referia às pessoas do Caribe; e Kincaid porque achou que combinava.[5] Em 1979, casou-se com o compositor e professor da Bennington College, Allen Shawn, com quem teve dois filhos. Em 1993 se converteu ao judaísmo, para que seus filhos tivessem dois pais judeus e pratica a religião até os dias de hoje, mesmo tendo se divorciado de Shawn em 2002.[6]
Carreira
Em 2020, seu nome foi aposta como uma das principais escritoras concorrendo ao Prêmio Nobel de Literatura.[7] Seus livros tratam do racismo, do colonialismo e da experiência da mulher negra caribenha no mundo. Seu estilo de escrita é intimista e entrecruza texturas, dores e retratos de diferentes temporalidades subjetivas e históricas.
Participou como convidada na Feira do Livro de São Paulo em 2024.[8] Recentemente, teve três livros traduzidos para o português pela editora Alfaguara.[9] Annie John (trad. Carolina Cândido), Agora Veja Então (trad. Cecília Floresta) e A Autobiografia da Minha Mãe (trad. Débora Landsberg).
Referências
- ↑ «Writers of the Caribbean - Jamaica Kincaid». core.ecu.edu. East Carolina University. 8 de junho de 2017. Consultado em 3 de março de 2021. Cópia arquivada em 8 de junho de 2017
- ↑ «Jamaica Kincaid - Harvard University Department of English». english.fas.harvard.edu. Consultado em 3 de março de 2021. Arquivado do original em 5 de junho de 2018
- ↑ «A Conversation with Jamaica Kincaid | Creative Writing Program». creative.writing.upenn.edu. Consultado em 27 de janeiro de 2025
- ↑ Lucas, Isabel (1 de agosto de 2024). «Jamaica Kincaid: "Eu podia ser ateia se houvesse apenas boa literatura"». PÚBLICO. Consultado em 27 de janeiro de 2025
- ↑ Mello, Beatriz (1 de junho de 2024). «Agora leia então Jamaica Kincaid». Quatro cinco um. Consultado em 27 de janeiro de 2025
- ↑ «Jamaica Kincaid Talks About Conversion, Suffering, and Life in Vermont». Tablet Magazine. 5 de fevereiro de 2013. Consultado em 27 de janeiro de 2025
- ↑ «Nobel de Literatura: veja lista dos favoritos nas bolsas de apostas». Correio Braziliense. 1 de outubro de 2020. Consultado em 2 de outubro de 2020
- ↑ «Quem estará na Feira do Livro 2024, em SP». Fotografia - Folha de S.Paulo. 19 de março de 2024. Consultado em 27 de janeiro de 2025
- ↑ «Crítica: 'Autobiografia da Minha Mãe', de Jamaica Kincaid, disseca a raiz da mulher». Folha de S.Paulo. 8 de janeiro de 2021. Consultado em 27 de janeiro de 2025