La Pléiade

O primeiro movimento "organizado" da poesia francesa surgiu no século XVI e ficou conhecido como Plêiade: um grupo que, como as sete estrelas da constelação homônima, era composto pelos poetas Pierre de Ronsard, Joachim Du Bellay, Jean-Antoine de Baïf, Rémy Belleau, Étienne Jodelle, Pontus de Tyard e Jean Dorat.[1]

Eles foram responsáveis, simultaneamente, por uma sofisticação poética que tinha os antigos como modelo e pela modernização da língua. A aparente contradição se explica: para a Renascença francesa, a Antiguidade representava a novidade suprema, e os poetas da Plêiade contrapunham as formas clássicas (odes, elegias, éclogas) tanto à pobreza vocabular da poesia cortesã quanto ao pedantismo professoral daqueles que "desprezam e rejeitam com um franzir de cenho mais do que estoico tudo o que está escrito em francês, preferindo o latim". O manifesto desses poetas é a célebre Defesa e ilustração da língua francesa (1549), de Du Bellay, mas foi a obra de Ronsard que teve maior impacto, substituindo o verbo decassílabo de origem italiana pelo alexandrino, até hoje preponderante na poesia francesa.

Referências

  1. (em francês) Simonin, Michel, ed. Dictionnaire des lettres françaises - Le XVIe siècle. Paris: Fayard, 2001. ISBN 2-253-05663-4
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