Lei de Hume
Em metaética, a lei de Hume ou guilhotina de Hume, ou ainda, o problema do ser - dever ser foi articulado pelo filósofo escocês David Hume, que notou que muitos escritores fazem afirmações sobre o que deve ser com base em afirmações sobre o que é. Hume acreditava que existe uma diferença significativa entre proposições descritivas e proposições prescritivas ou normativas, e que não se poder derivar as últimas das primeiras.
Hume discute o problema na parte I do livro III da sua obra Tratado da Natureza Humana:
Segundo David Hume, não se pode deduzir o que deveria do que é, que enunciados descritivos puramente fatuais somente podem vincular ou implicar outros enunciados descritivos fatuais e nunca normas, pronunciamentos éticos ou prescrições para se fazer alguma coisa.[1]
Essa proposição, “Lei de Hume”, implica uma distinção lógica entre o reino dos fatos e o reino dos valores.[2]
EMPÍRICO
(descritivo) |
NORMATIVO |
---|---|
É | Deveria |
Fatos | Valores |
Objetivo | Subjetivo |
Descritivo | Prescritivo |
Ciência | Ética |
Verdadeiro/falso | Bom/mau |