Esta é uma lista dos cônsules da República Romana, o mais alto cargo eletivo da República Romana (509 a.C. – 27 a.C.). Para o início do período, este artigo segue a cronologia varroniana, apresentada pela primeira vez por Marco Terêncio Varrão, na qual o ano 1 AUC é 754-3 a.C. (o ano romano era sempre dividido em dois anos modernos). O primeiro ano da República é 245 AUC (509-8 a.C.). Esta cronologia foi depois oficializada na época de Augusto, como atestam os Fastos Capitolinos. Ela está, porém, de três a quatro anos adiantada em relação à mais verificável das cronologias, a de Lívio. Sua data de 506-5 pode ser verificada contendo os mandatos dos magistrados de trás para frente a partir do conhecido eclipse de 340 a.C., que, segundo Varrão, teria acontecido em 344 a.C.[1] Os magistrados e as datas exatas de seus mandatos nem sempre são conhecidos e as fontes podem variar entre si. Veja também a lista dos cônsules do Império Romano (26 a.C. – 476 d.C.) e a lista dos cônsules posteriores ao Império Romano (476 d.C. em diante).
Para os que serviram como cônsul (geralmente cônsul sufecto, mas ocasionalmente ordinário) cujo período no cargo é incerto, veja Lista dos cônsules romanos sem data. Para os que foram eleitos, mas não chegaram a assumir o posto por causa de morte, desgraça ou outra razão antes do início de seu mandato, veja Lista de cônsules eleitos romanos.
Os tribunos da plebeCaio Licínio Calvo Estolão e Lúcio Sêxtio Laterano promoveram um novo conjunto de leis favoráveis aos plebeus, mas enfrentaram uma violenta resistência dos patrícios romanos. Estes, apoiados por vetos de outros tribunos da plebe, conseguiram impedir as novas leis de Licínio e Sêxtio, que, como retaliação por causa das políticas conservadoras implementadas pelos patrícios, utilizaram eles próprios seu direito de veto para impedir, por cinco anos, a eleição de novos tribunos consulares. Eles foram tribunos da plebe entre 376 e 367 a.C. e Sêxtio, em 366 a.C., tornou-se o primeiro cônsul plebeu.
↑Cf. Dionísio de Halicarnasso (V.36.1) e outros. Lívio II.15.1, porém, nomeia outro par: P. Lucrécio e P. Valério Publícola. Alan Samuel explica esta diferença como "Lucrécio" sendo um erro para "Laércio", causado pela confusão com o colega de Publícola 508 e 504 a.C. (Samuel, Greek and Roman Chronology (Muenchen: Beck'sche, 1972), p. 256) (em inglês)
↑Cf. os Fastos Capitolinos. Diodoro Sículo XI.52.1 nomeia C. Cornélio Lêntulo como colega de Mamerco (Samuel, Greek e Roman Chronology, p. 256) (em inglês)
↑Cf. Dionísio de Halicarnasso (IX.37.2) e Fastos Capitolinos, que Lívio admite ser uma alternativa ao nome que ele cita como colega de Mamerco, Opet. Vergínio (II.54.3). Diodoro Sículo (XI.65.1) nomeia L. Estúdio Júlio como colega de Mamerco. (Samuel, Greek e Roman Chronology, p. 256) (em inglês)
↑Cf. Lívio III.25.1, Diodoro XI.88.1 e outros; porém, os Fastos Capitolinos fazem dele um cônsul sufecto e colocam Carve[to] ou Carve[ntano] em seu lugar. (Samuel, Greek e Roman Chronology, p. 256) (em inglês)
↑Lívio IV.12.6 relata seu prenome como Lúcio enquanto Diodoro XII.36.1 fornece Tito.
↑Lívio (IV.23.1–3) afirma que Júlio e Vergínio eram cônsules, baseado no testemunho de Licínio Mácer, mas Valério Ântias e Tuberão ambos relatam Mânlio e Sulpício como cônsules. Diodoro (XII.53.1) inclui Mânlio e Sulpício como tribunos consulares deste ano. (Samuel, Greek e Roman Chronology, p. 258) (em inglês)
↑Lívio, Ab Urbe condita VI, 3, 27 nomeia apenas 6 tribunos: Lúcio Valério e Públio Valério (Lúcio pela quinta vez, Públio pela terceira), C. Sergio (pela terceira), Licínio Menênio (pela segunda) e depois P. Papírio e Ser. Cornélio Maluginense.
↑Lívio, Ab Urbe condita VI, 3, 30 nomeia apenas 6 tribunos: "P. et C. Manlii cum L. Iulio; plebes C. Sextilium M. Albinium L. Antistium".
↑Os Fastos Consulares indicam "Gaius Sulpicius Longus" como ditador "rei gerundae causa" e "Gaius Junius Bubulcus Brutus" como seu mestre de cavalaria, mas Lívio (Lívio, Ab Urbe condita IX, 29) indica este último como ditador, sem indicar, porém, como costuma fazer, quem foi seu mestre de cavalaria (Hartfield, Marianne (1981). Ph.D. dissertation. Berkeley: University of California, Berkeley. pp. 452–54.).
↑Pettinger, Andrew, The Republic in Danger: Druso Libo e the Succession de Tibério (2012), pg. 229 (em inglês)
↑T. R. S. Broughton, The Magistrates de the Roman Republic, Vol II, pg. 409 (em inglês)
Bibliografia
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