Manuel Cordo Boullosa
Manuel Cordo Boullosa | |
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Busto de Manuel Cordo em Caritel (Ponte Caldelas).
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Nascimento | 5 de dezembro de 1905 Lisboa, Portugal |
Morte | 6 de abril de 1998 (92 anos) Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | português |
Progenitores | Mãe: Leocadia Boullosa y Muñoz[1] Pai: Manuel María Cordo Martínez[1] |
Ocupação | Empresário |
Prémios | Medalha Castelao (1991) Medalha de Ouro da Galiza (a título póstumo; 2000) |
Manuel Cordo Boullosa (Lisboa, 5 de dezembro de 1905 — Lisboa, 6 de abril de 2000) foi um empresário e magnata português, de origem galega.[2][3]
Biografia
Boullosa, filho de um casal de imigrantes galegos estabelecidos em Lisboa, no comércio de carvão e vinhos, Leocadia Boullosa y Muñoz e Manuel María Cordo Martínez, perdeu a mãe com apenas um ano de idade, altura em que o pai o confiou às tias de Caritel, em Ponte Caldelas, na Galiza. Na adolescência regressou a Lisboa, prosseguindo os estudos, na Escola Académica de Lisboa.
Aos 15 anos, terminado o Curso Comercial, juntou-se ao seu pai, que prosperava no comércio de carvão[4]. Anos depois reunia um grupo de investidores para fundar a empresa petrolífera portuguesa Sociedade Nacional de Petróleo (SONAP), atualmente conhecida como Galp, tendo fundado também outras empresas do sector dos hidrocarbonetos em vários países africanos como Moçambique, a África do Sul, o Maláui e a Essuatíni.[4]
Além dos hidrocarbonetos, a sua atividade empresarial estendeu-se aos ramos bancário, agrícola, comércio retalhista, turismo e editorial e livreiro, chegando a ter a quinta maior fortuna do mundo.[5][6]
A 31 de agosto de 1967, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial - Classe Industrial.[7]
Em 1982 fundou a editora literária portuguesa Difel (Difusão Editorial S.A.),[8] que fechou no início de 2011.
Grande mecenas da cultura, recebeu da Junta da Galiza a Medalha Castelao em 1991,[4] e em 2000 foi galardoado postumamente com a Medalha de Ouro da Galiza.[9] Um local de passeio e centro de educação infantil e primária de Ponte Caldelas foram batizados com seu nome.[10][11]
Manuel Boullosa nunca renunciou sua identidade galega e doou um palácio que abriga o Centro Galego de Lisboa.[12]
Referências
- ↑ a b «Manuel Cordo Boullosa (1905-2000)» (PDF) (em galego). Fundación Galicia Empresa. Consultado em 21 de setembro de 2016
- ↑ «Manuel Boullosa». Dicionários Porto Editora. Infopédia
- ↑ «Galegos de sucesso». Correio da Manhã. 3 de fevereiro de 2008
- ↑ a b c «Manuel Cordo Boullosa» (em galego). Juventude da Galiza – Centro Galego de Lisboa. Consultado em 21 de setembro de 2016
- ↑ Romero, Santiago (3 de fevereiro de 2008). «Tres siglos gallegos de Lisboa». La Opinión (em espanhol)
- ↑ Rodríguez, Julián (17 de janeiro de 2010). «Un rockefeller en Ponte Caldelas». El País (em espanhol). Corunha
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Manuel Cordo Bulhosa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ «Difel». Sítio do Livro. Consultado em 21 de setembro de 2016
- ↑ «Medallas de Galicia 2000». Medalha da Galiza (em galego). Junta da Galiza. Consultado em 21 de setembro de 2016
- ↑ «Organización municipal» (em galego). Portal de Ponte Caldelas. Consultado em 21 de setembro de 2016
- ↑ «@depo_es repartirá case 100.000 euros para varias iniciativas en Ponte Caldelas e As Neves». Vigo al minuto (em galego). 4 de setembro de 2016
- ↑ «Manuel Cordo Boullosa». Câmara Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de setembro de 2016