Nelson Estupiñán Bass
Nelson Estupiñán Bass (1912–2002) nasceu em Sua, uma cidade na província equatoriana de Esmeraldas, onde a maioria da população é afrodescendente. Ele foi primeiramente ensinado em casa por sua mãe antes de viajar para a capital Quito onde se formou na Escuela Superior Juan Montalvo com um diploma em contabilidade pública em 1932.[1] Bass se identificou com o Partido Comunista durante esta época e em 1934 teve a oportunidade de publicar dois poemas seus (Canto a la negra quinceañera e Anúteba) no jornal socialista La Tierra.
Carreira
Em 1943, Bass completou o romance Cuando los guayacanes florecían, um de seus mais famosos projetos literários lido por todo o Equador e América Latina. Foi publicado em 1950 pela Casa de la Cultura Ecuatoriana. O romance expressa a situação preocupante em que os afro-equatorianos se encontravam: sendo usados como peças de tabuleiro na luta entre o Partido Conservador e o Partido Liberal durante a Revolução Liberal de 1895. Bass foi influenciado pelo Pan-Africanismo global e invocava um projeto identificadamente negro estética e politicamente nas suas escritas durante os anos 1940 e 50.[2]
Em 1962, se casou com Luz Argentina Chiriboga, que mais tarde se tornou conhecida por escrever sobre temas negros e feministas.[3] Em 1966 se tornou o primeiro presidente de um museu regional da Casa de la Cultura Ecuatoriana em Esmeraldas, chamado Museu Arqueológico "Carlos Mercado Ortiz".[4]
Bass foi nomeado ao Prêmio Nobel de Literatura em 1998. Enquanto dava uma série de palestras em 2002 na Penn State University contraiu pneumonia e veio a falecer no hospital Hershey Medical Center.[5] É lembrado como um dos escritores negros mais prolíficos do Equador e uma representação da expressão sul-americana da diáspora africana.
Obras
Romances
- Cuando los guayacanes florecían (Quito, 1954)
- El paraíso (Quito, 1958)
- El último río (Quito, 1966)
- Senderos brillantes (Quito, 1974)
- Las puertas del verano (Quito, 1978)
- Toque de queda (Guayaquil, 1978)
- Bajo el cielo nublado (Quito, 1981)
- Al norte de Dios (Quito, 1994).
Poemas
- Canto negro por la luz (Quito, 1956)
- Timarán y cuabú (Quito, 1956)
- Las huellas digitales (Quito, 1971)
- Las tres carabelas (Portoviejo, 1973)
- negra bullanguera (1980).
Ensaios e crônicas
- Luces que titilan: guía de la vieja Esmeraldas (Esmeraldas, 1977)
- Viaje alrededor de la poesía negra (Quito, 1982)
- Desde un balcón volado (Quito, 1992)
- El Crepúsculo (1983)
- Los canarios pintaron el aire amarillo (romance) (1993).
Referências
- ↑ «Enciclopedia del Ecuador». Enciclopedia del Ecuador. Consultado em 28 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 3 de março de 2016
- ↑ http://abacus.bates.edu/~bframoli/pagina/ecuador/Recursos/articulating.pdf
- ↑ Pérez Pimentel, Rodolfo (2016). «Luz Argentina Chiriboga Guerrero» (em espanhol). Guayaquil, Equador: Diccionario Biografico Ecuador. Consultado em 23 de fevereiro de 2016
- ↑ «Museos de la Casa de la Cultura Ecuatoriana». Consultado em 28 de fevereiro de 2016
- ↑ «"Remembering Nelson Estupinan Bass (1912-2002)" by Richards, Henry J. - Afro - Hispanic Review, Vol. 22, Issue 1, Spring 2003 - Online Research Library: Questia». Consultado em 28 de fevereiro de 2016