O Pecado Mora ao Lado

The Seven Year Itch
O Pecado Mora ao Lado (prt/bra)
O Pecado Mora ao Lado
 Estados Unidos
1955 •  cor •  105 min 
Gênero comédia, romance
Direção Billy Wilder
Produção Charles K. Feldman
Billy Wilder
Roteiro George Axelrod
Billy Wilder
Baseado em The Seven Year Itch de George Axelrod
Elenco Marilyn Monroe
Tom Ewell
Música Alfred Newman
Cinematografia Milton Krasner
Edição Hugh S. Fowler
Companhia(s) produtora(s) Chas K Feldman Group Productions
20th Century Fox
Distribuição 20th Century Fox
Lançamento 3 de maio de 1955 (Estados Unidos)
Idioma inglês
Orçamento US$ 1,8 milhões
Receita US$ 12 milhões (Estados Unidos)[1]

The Seven Year Itch (bra/prt: O Pecado Mora ao Lado)[2][3] é um filme estadunidense de 1955, do gênero comédia romântica, dirigido por Billy Wilder.

O filme foi baseado na peça teatral The Seven Year Itch, de George Axelrod, levada aos palcos da Broadway em 1952, e é considerado uma das maiores comédias cinematográficas de todos os tempos.

O Pecado Mora ao Lado se tornou um dos filmes de maior bilheteria da Fox de 1955, e consolidou o nome de Marilyn Monroe como a maior estrela de cinema e símbolo sexual da época. A cena em que o vestido branco de Marilyn é levantado na rua pelo jato do respiradouro do metrô na calçada tornou-se um ícone da cinematografia mundial. Esse vestido foi leiloado em junho de 2011 por 5,6 milhões de dólares.[4].

Sinopse

Após mandar sua mulher para o interior durante o forte verão nova-iorquino, Richard Sherman conhece uma modelo loira sem nome, que é sua nova vizinha do andar de cima. Apesar de acometido de uma recente paranoia sobre a possibilidade de se tornar infiel - está lendo no momento um livro chamado A coceira do sétimo ano (The Seven Year Itch), que fala da grande probabilidade de o homem se tornar infiel após sete anos de casamento, exatamente o tempo que ele tem de casado - ele convida a moça para tomar um drink em seu apartamento, e eles se tornam amigos.

Durante todo o seu relacionamento com a modelo, apenas amigável por parte dela mas com uma atração incontrolável e hilariante de Richard pela loira, ele é perseguido por pesadelos e delírios de sedução e infidelidade, tanto dele quanto de sua mulher, que lhe aparece em sonhos traindo-o com seu vizinho e amigo ou matando-o a tiros por ciúmes da vizinha loira.

Produção

The Seven Year Itch foi filmado entre setembro e novembro de 1954 e é o único filme de Billy Wilder lançado pela 20th Century-Fox. Os personagens de Elaine (Dolores Rosedale), Marie e as vozes interiores de Sherman e a Garota foram retirados da peça. Por outro lado, os personagens do Encanador, Srta. Finch (Carolyn Jones), a Garçonete (Doro Merande) e Kruhulik, o zelador (Robert Strauss), foram adicionados ao filme. Muitas falas e cenas da peça foram cortadas ou reescritas, pois foram consideradas indecentes pelo Código Hays. Axelrod e Wilder reclamaram que o filme estava sendo feito sob condições restritivas, comparáveis a uma "camisa de força". Isso resultou em uma grande mudança no enredo: na peça, Sherman e a Garota têm relações sexuais; no filme, o romance é reduzido a uma sugestão. Sherman e a Garota se beijam três vezes: uma enquanto tocavam o piano de Sherman juntos, outra do lado de fora de um cinema e, finalmente, perto do final, antes de Sherman ir buscar o remo de Ricky.[5]

A famosa filmagem do vestido de Marilyn Monroe esvoaçando sobre uma grade do metrô foi realizada em dois locais: primeiro, no exterior, em frente ao Trans-Lux 52nd Street Theater (então localizado na 586 Lexington Avenue, em Manhattan), e depois em um estúdio de som. Elementos de ambos os locais acabaram sendo usados na versão final do filme, apesar da crença geralmente aceita de que o áudio da filmagem original no local foi prejudicado pela multidão agitada presente durante as filmagens em Nova York. O local de filmagem do apartamento de Richard foi na 164 East 61st Street, em Manhattan.

Saul Bass foi o responsável pela criação da sequência de títulos abstrata, que foi mencionada favoravelmente em inúmeras críticas. Até então, era inédito que críticas de imprensa especializada mencionassem sequências de títulos de filmes.[6]

O então marido de Monroe, o famoso jogador de beisebol Joe DiMaggio, esteve presente no set durante as filmagens da cena do vestido e, segundo relatos, ficou bravo e enojado com a atenção que ela recebeu dos espectadores, repórteres e fotógrafos. Billy Wilder, por sua vez, convidou a mídia para despertar o interesse pelo filme.[7][8][9]

Mais tarde, George Axelrod expressou seu descontentamento com as mudanças da peça para o filme: "O terceiro ato da peça tratava do sujeito que se sentia culpado de forma hilária por ter ido para a cama com a garota, mas como ele não a havia levado para a cama no filme, todas as suas culpas se tornaram em vão. Isso fez com que o último ato do filme acabasse perdendo força".[10]

Elenco principal

Bilheteira

O filme foi um grande sucesso comercial, arrecadando US$ 6 milhões nas bilheteiras norte-americanas.[11]

Recepção da crítica

Bosley Crowther, do New York Times, destaca dois temas principais de The Seven Year Itch: o desejo primal do homem casado que, sozinho em uma cidade quente, é tentado por uma jovem sedutora e a própria presença de Marilyn Monroe, que domina o filme com sua sensualidade e aparência. Crowther aponta que, embora Monroe tenha uma forte presença, sua personagem carece de profundidade, sendo mais um símbolo de desejo do que uma figura tridimensional. Por outro lado, o personagem de Tom Ewell, um homem em conflito entre seus impulsos e suas responsabilidades, deveria ser o foco da comédia, mas é ofuscado pela figura de Monroe. Crowther também critica a falta de resolução para o romance entre os dois personagens, algo que existe na peça original, mas foi censurado no filme devido às regras do Código Hays. Ele elogia a popularidade que Monroe traz, embora reconheça que sua atuação, sem profundidade, deixa a desejar. Por fim, ele menciona os coadjuvantes como Evelyn Keyes, Sonny Tufts, Robert Strauss e Oscar Homolka, que desempenham papéis menores de forma competente, mas sem grande impacto no filme. O tom geral da crítica é de que, embora o filme tenha suas falhas, Monroe é o grande atrativo para o público.[12]

No agregador de críticas Rotten Tomatoes, 84% das 32 avaliações dos críticos são positivas, com uma nota média de 7,2/10.[13]

Principais prêmios e indicações

Ano Prêmio Categoria Reciepiente Resultado
1956 BAFTA Melhor Atriz Estrangeira Marilyn Monroe Indicado[carece de fontes?]
Globo de Ouro Melhor ator em comédia ou musical Tom Ewell Venceu[carece de fontes?]

Referências

  1. «Vertigo (1985)». Box Office Mojo (em inglês). Consultado em 1 de outubro de 2022 
  2. O Pecado Mora ao Lado no AdoroCinema
  3. «O Pecado Mora ao Lado». no CineCartaz (Portugal) 
  4. «Vestido de Marilyn leiloado por 5,6 milhões de dólares». Público. Consultado em 31 de dezembro de 2024 
  5. «George Axelrod and The Great American Sex Farce | Theatre». 18 de dezembro de 2012. Consultado em 31 de dezembro de 2024. Cópia arquivada em 18 de dezembro de 2012 
  6. Horak, Jan-Christopher (2014). Saul Bass : Anatomy of Film Design. Lexington: The University Press of Kentucky. ISBN 978-0-8131-4720-8. OCLC 892799673 
  7. «Inside Marilyn Monroe and Joe DiMaggio's Roller Coaster Romance». 17 de novembro de 2020 
  8. «The Shocking Story You Never Knew Behind Marilyn Monroe's Skirt Scene». 29 de agosto de 2021 
  9. «The Truth Behind the Marilyn Monroe Dress Scene». 3 de julho de 2021 
  10. Milne, Tom (1968). «The Difference of George Axelrod». Sight and Sound. 37 (4). p. 166 
  11. "All Time Domestic Champs", Variety, 6 de janeiro de 1960, p. 34.
  12. Bosley Crowther (4 de janeiro de 1955). «'The Seven Year Itch': Marilyn Monroe, Tom Ewell Star at State». The New York Times. Consultado em 31 de dezembro de 2024 
  13. «The Seven Year Itch (1955)». Rotten Tomatoes (em inglês). Fandango. Consultado em 2 de outubro de 2022 
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