O Muito Honorável

O prefixo O Muito Honorável (em inglês, The Right Honourable, abreviado como The Rt Hon. ou The Right Hon.)[1][2] é um título honorífico tradicionalmente atribuído a nomes de certas pessoas no Reino Unido, no Canadá, na Austrália, na Nova Zelândia e em outros países da Commonwealth. O presidente do Conselho de Estado da República da Turquia também utiliza o prefixo. Normalmente, de um modo geral, vem a ser o tratamento atribuído à nobreza, juntamente com os tratamentos de Sua Excelência e Sua Graça. No entanto, como pode-se ver abaixo, também existem pessoas que recebem esses tratamentos e que não pertencem à nobreza.

Reino Unido

Pessoas tituladas com o prefixo podem ser:

Com a finalidade de diferenciar nobres que são Conselheiros Privados dos que não são, algumas vezes utiliza-se o sufixo PC juntamente com o título.

Algumas pessoas têm o prefixo adicionado ao nome de seus ofícios, como:

Na Inglaterra:

No País de Gales:

Na Escócia:

Na Irlanda do Norte

Na Austrália:

Todos os outros prefeitos utilizam o título The Right Worshipful, mas outros prefeitos da Escócia não o usam. O prefixo também é colocado antes do nome de entidades corporativas.

Canadá

No Canadá, os membros do Conselho Privado da Rainha recebem o título honorífico O Honorável, e apenas ocupantes dos mais altos cargos públicos recebem o título O Muito Honorável, porque era costume apontá-los ao Conselho Privado Britânico.

L'Honorable e le Très Honorable são usados na França pelo governo federal; porém cidadãos de língua frances em Quebec consideram-os inapropriados e aconselham o uso de Monsieur e Madame ("Senhor" e "Senhora"). O Muito Honorável é para:

  • Governadores-gerais do Canadá - que também usam "Sua Excelência"
  • Primeiros-Ministros do Canadá
  • Chefe de Justiça do Canadá

Muitos proeminentes canadenses (a maioria composta de políticos) tornaram-se membros do Conselho Privado do Reino Unido e tiveram acesso ao título O Muito Honorável, por causa de seus serviços no Reino Unido (por exemplo, servindo como enviados a Londres) ou como membros do Gabinete Imperial de Guerra ou no Gabinete do Canadá. São eles:

  • Sir John A. Macdonald (1879) - como primeiro-ministro
  • Sir John Rose (1886)
  • Sir John Sparrow David Thompson(1894) - como primeiro-ministro
  • Sir Samuel Henry Strong (1897) - como Chefe de Justiça do Canadá
  • Sir Wilfrid Laurier (1897) - como primeiro-ministro
  • Sir Richard John Cartwright (1902)
  • Sir Henri Elzéar Taschereau (1904) - como Chefe de Justiça do Canadá
  • Sir Charles Tupper (1907) - como primeiro-ministro
  • Sir Charles Fitzpatrick (1908) - como Chefe de Justiça do Canadá
  • Sir Robert Laird Borden (1912) - como primeiro-ministro
  • Sir George Eulas Foster (1916)
  • Sir Louis Henry Davies (1919) - como Chefe de Justiça do Canadá
  • Sir Lyman Poore Duff (1919) - Duff não se tornou Chefe de Justiça até 1933
  • Arthur Lewis Sifton (1920)
  • Arthur Meighen (1920) - como primeiro-ministro
  • Charles Doherty (1920)
  • Sir William Thomas White (1920)
  • William Lyon Mackenzie King (1922) - como primeiro-ministro
  • William Stevens Fielding (1923)
  • Francis Alexander Anglin (1925) - como Chefe de Justiça do Canadá
  • Sir William Mulock (1925)
  • George Perry Graham (1925)
  • R.B. Bennett (1930)
  • Sir George Halsey Perley (1931)
  • Ernest Lapointe (1937)
  • Vincent Massey (1941)
  • Raoul Dandurand (1941)
  • Louis St. Laurent (1946)
  • James Lorimer Ilsley (1946)
  • Clarence Decatur Howe (1946)
  • Ian Alistair Mackenzie (1947)
  • James Garfield Gardiner (1947)
  • Thibaudeau Rinfret (1947) - como Chefe de Justiça do Canadá
  • John George Diefenbaker (1957) - como primeiro-ministro
  • Georges-Philéas Vanier (1963) - como Governador-Geral do Canadá
  • Lester Bowles Pearson (1963) - como primeiro-ministro

Observações: Tupper foi apontado quando ele não era mais primeiro-ministro, e St. Laurent foi apontado quando ele era um ministro de Gabinete sob o governo de Mackenzie King. Massey virou Governador Geral uma década depois e recebeu o título O Muito Honorável servindo como alto comissionário canadense em Londres.

Referências

  1. Montague-Smith (1979), pp. 33–35, 80–82.
  2. Hickey (2013), pp. 365–372, 378–379, 396–402.

Bibliografia