Otacília (gens)

A gens Otacília, antes chamada Octacília, foi um família plebeia da Roma Antiga. A gens ganhou notoriedade pela primeira vez durante a Primeira Guerra Púnica, mas caiu na obscuridade depois disso. O primeiro membro da família a se tornar cônsul foi Mânio Otacílio Crasso em 263 a.C.[1].

Origem da gens

O nome Otacílio (Otacilius) pode ser um derivado do prenome Otávio (Octavius) e, embora a forma Otacílio seja a mais correta, é muito mais comum nas fontes posteriores Otacílio. O mais antigo membro da família conhecido foi um nativo de Malevento (Benevento), uma antiga cidade na região da Campânia, que, de acordo com Plínio, o Velho, era habitada pelos hirpinos[1][2][3].

Prenomes utilizada pela gens

Os primeiros Otacílios favoreciam os prenomes Mânio (Manius), Tito (Titus) e Caio (Gaius). O primeiro Otacílio conhecido tinha o prenome de Numério (Numerius), que ele passou, através de sua filha, para os Fábios. Depois, Cneu (Gnaeus) e Lúcio (Lucius) também aparecem[1][3].

Ramos e cognomina da gens

Os únicos nomes de família dos Otacílios são Crassos (Crassus) e Nasos (Naso). O primeiro era um sobrenome comum, que significava "grosso" ou "sólido", o que podia ser uma referência à aparência, ao jeito de se portar ou ao intelecto. Acredita-se que naso seja uma referência ao tamanho do nariz[1][4].

Membros da gens

Otacílios Crassos

  • Mânio Otacílio Crasso, um avô dos cônsules de 263 e 261 a.C.
  • Caio Otacílio Crasso, pai dos cônsules de 263 e 261 a.C.
  • Mânio Otacílio Crasso, cônsul em 263 a.C. durante a Primeira Guerra Púnica. Ele foi para a Sicília com um grande exército e firmou uma paz com Siracusa. Ele foi cônsul novamente em 246[9][10][11][12][13].
  • Tito Otacílio Crasso, cônsul em 261 a.C., continuou a guerra contra os cartagineses na Sicília[14].
  • Tito Otacílio Crasso, pretor em 217 e 214 a.C.
  • Otacília, condenada num julgamento presidido por Caio Aquílio Galo, que foi pretor em 67 a.C. É possível que ela seja a esposa de Marco Juvêncio Laterense; a frase ab Otacilia Laterensi[s] aparece em Valério Máximo.[15].
  • Otacílio Crasso, um oficial no exército de Pompeu Magno, recebeu o comando de Lisso, na Macedônia. Ele massacrou duzentos e vinte soldados de Júlio César que se renderam sob a promessa de que não seriam molestados. Depois disso, ele abandonou acidade e se juntou ao corpo principal do exército de Pompeu[16].

Referências

  1. a b c d Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, William Smith, Editor.
  2. Plínio, o Velho, História Natural, iii. 11. s. 16.
  3. a b c d Sexto Pompeu Festo, Epítome de Marco Vérrio Flaco De Verborum Significatu, s. v. Numerius, pp. 170, 173, ed. Müller.
  4. D.P. Simpson, Cassell's Latin & English Dictionary (1963).
  5. Cícero, Epistulae ad Familiares, xiii. 33.
  6. Suetônio, De Claris Rhetoribus, 3.
  7. Gerardus Vossius, De Historicis Latinis Libri III., i. 9. p. 40
  8. Michael Grant, The Roman Emperors (1985).
  9. Políbio, As Histórias, i. 16 ff.
  10. João Zonaras, Epitome Historiarum, viii. 9.
  11. Eutrópio, Breviarium historiae Romanae, ii. 10.
  12. Paulo Orósio, Historiarum Adversum Paganos Libri VII, iv. 7.
  13. Áulo Gélio, Noctes Atticae, x. 6.
  14. Políbio, As Histórias, i. 20.
  15. Valério Máximo, Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis, viii. 2. § 2.
  16. Júlio César, Commentarii de Bello Civili, iii. 28, 29.

Ligações externas