Pequena Nebulosa do Haltere
Pequena Nebulosa do Haltere | |
Pequena Nebulosa do Haltere, Robert J. Vanderbei | |
Dados observacionais (J2000) | |
Constelação | Perseus |
Asc. reta | 01h 42m 24,00s |
Declinação | +51° 34′ 31,00″ |
Magnit. apar. | 10,1 |
Distância | 2 500 al (780 pc) anos-luz |
Dimensões | 2.7 × 1.8 minutos de arco minutos de arco |
Características físicas | |
Raio | 0,617 al |
Magnit. absol. | -0,6 (± 0,4 |
Outras denominações | |
M76, NGC 650/651 | |
A Pequena Nebulosa do Haltere (Messier 76, NGC 650/651) é uma nebulosa planetária que tem cerca de 1 ano-luz de diâmetro e está a cerca de 3 a 5 mil anos-luzes da Terra. É reconhecida como uma Nebulosa Planetária assim como seu homônimo mais brilhante, a M27 (a Nebulosa do Haltere).
Descoberta e visualização
A nebulosa planetária foi descoberta pelo astrônomo francês Pierre Méchain em 5 de setembro de 1780, sendo catalogado pelo seu colega de observatório, Charles Messier, em 21 de outubro daquele ano. Méchain descreveu-a como uma "nebulosidade sem estrelas", mas Messier descreveu-a como um pequeno grupo de estrelas rodeada por uma nebulosidade. William Parsons chegou a detectar, erroneamente, o que seriam "braços". William Herschel, descobridor de Urano, cogitou que a nebulosa era formada por duas partes, classificando cada uma separadamente em 12 de novembro de 1897, separação que foi continuada no New General Catalogue (NGC).[1]
William Huggins, por meio da espectroscopia, percebeu que o objeto era gasoso e Isaac Roberts, pioneiro da astrofotografia, concluiu que o objeto não era duplo, mas apenas um, possivelmente com a forma de um anel visto equatorialmente. Apenas em 1918 o sistema foi classificado como uma nebulosa planetária, por Heber D. Curtis.[1]
Características
Sua aparência é semelhante à da nebulosa do Haltere, que justifica seu nome como a "Pequena Nebulosa do Haltere". Parece estar se expandindo a uma taxa de 42 km/s. Embora sua parte brilhante meça apenas 65 segundos de grau, a nebulosa é envolvida por um halo que mede aparentemente 290 segundos de grau, material ejetado em forma de vento estelar pela estrela central, ainda quando era uma gigante vermelha. Atualmente, a estrela central é uma anã branca com temperatura superficial de 60 000 kelvins.[1]
É muito mais brilhante visualmente, com magnitude aparente 9,6, do que fotograficamente, com magnitude aparente 12,2. Isso é explicado pela presença quase que exclusiva de radiação eletromagnética de comprimento de onda no verde (luz verde) produzida pelo oxigênio duplamente ionizado, exatamente a cor que mais sensibiliza os olhos humanos, mas não sensibiliza as chapas fotográficas ou câmeras CCD.[1]
Como outras nebulosas planetárias, sua distância em relação à Terra não é determinada; as estimativas variam entre 1 700 a 15 000 anos-luz. Segundo Kenenth Glyn Jones, sua distância é de 8 200 anos-luz: assumindo esse valor, seu diâmetro real é de cerca de 11,5 anos-luz.[1]
Galeria
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Messier 76, Michael F. Schönitzer, Florian Schlagintweit e Judith Selig
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Pequena Nebulosa do Haltere, Michael F. Schönitzer, Florian Schlagintweit e Judith Selig
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Pequena Nebulosa do Haltere, projeto 2MASS