Santo António (São Tomé e Príncipe)
Santo António é a principal cidade da ilha do Príncipe, que faz parte de São Tomé e Príncipe. É a capital do distrito de Pagué, que engloba toda a ilha. A cidade tem uma população aproximada de 1.156 habitantes.
A Ilha do Príncipe é de origem vulcânica e possui uma geografia bastante acidentada. Seu ponto mais alto é o Pico do Príncipe, que alcança 948 metros de altura e está localizado ao sul da ilha. Este pico faz parte do Parque Natural do Ôbo.[1]
A ilha é coberta por uma densa floresta tropical, que abriga uma fauna rara e diversificada. Este ambiente natural é protegido dentro do Parque Natural do Ôbo, contribuindo para a preservação das espécies animais e vegetais únicas da região.
O Aeroporto de Príncipe fica a 3 km ao norte da cidade. Oferece voos para o Aeroporto Internacional de São Tomé, tres vezes por semana.[2]
Santo António | |
Província/Ilha: | Príncipe (capital) |
Distrito: | Pagué (capital) |
População: | 1.156 |
Altitude: ponto mais baixo: média: ponto mais alto: |
Oceano Atlântico (Golfo da Guiné) Cidade de Santo António Pico de Príncipe (948 m)? |
Código telefone: | 00238-18x?-xxxx |
Histórico da população
- 1991 (23 de junho, censo): 1.000
- 2000 (16 de junho, censo): 1.010
- 2005 (1 de janeiro, estimativa): 1.156
História
A cidade de Santo António foi fundada em 1502, no dia 13 de junho, data celebrada em honra a Santo Antônio. Esta nomeação foi uma prática comum entre os portugueses, que costumavam batizar novos territórios com nomes de santos comemorados na data de sua fundação ou descoberta.[1]
A Ilha de Santo Antão, posteriormente chamada de Ilha do Príncipe, foi descoberta em 17 de janeiro de 1471. Inicialmente desabitada, a ilha foi concedida a António Carneiro em 1500, permanecendo sob domínio de sua família por 250 anos. A colonização enfrentou diversos desafios, como crises populacionais, sociais e econômicas, além de problemas graves relacionados à escravidão e pilhagens.[3]
No final do século XV, os portugueses enviaram colonizadores para as ilhas, incluindo condenados e crianças judias separadas de suas famílias e sentenciadas ao degredo. Além disso, trouxeram escravos africanos para trabalhar no cultivo da cana-de-açúcar.[4]
Durante o século XVI, São Tomé e Príncipe tornou-se a maior produtora de açúcar do mundo. No entanto, a competição com as colônias portuguesas no Brasil e as condições climáticas inadequadas para o cultivo de cana-de-açúcar levaram ao declínio desta indústria. Em 1641, os holandeses capturaram o arquipélago durante sete anos, até serem expulsos, durante a guerra luso-holandesa.[4]
Após o colapso da indústria açucareira, a colônia serviu como um entreposto do tráfico de escravos para o Brasil. Em 1695, foi construído o Forte da Ponta da Mina e a primeira alfândega da ilha para apoiar o tráfico negreiro. No entanto, em 1706, corsários franceses atacaram e devastaram a ilha, destruindo a fortaleza.[3]
Devido à decadência, em 1721 foi proclamada a abertura dos portos ao comércio internacional na esperança de recuperar a colônia. Em 1747, um incêndio destruiu parte da povoação. No final do século, em 1799, a ilha foi periodicamente ocupada pelos franceses, obrigando Portugal a celebração de um tratado de paz com a recém-formada república francesa.
No século XIX, a economia da ilha começou a se recuperar com a implantação de roças para o cultivo de cacau e café. Esses produtos tornaram-se valiosos para exportação, e nas primeiras duas décadas do século XX, o país tornou-se o maior produtor mundial de cacau.[5]
Esportes
A cidade tem a única instalação desportiva da ilha, o Estádio Regional 13 de Junho. A instalação é o lar dos clubes de futebol Sporting Clube do Príncipe e GD Os Operários.[6]
Ver também
- Lista de cidades em São Tomé e Príncipe
Capitais provinciais de São Tomé e Príncipe | ||
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Santo António | São Tomé | ||
Capitais distritais de São Tomé e Príncipe | ||
Guadalupe | Neves | Santana | Santo António | São João dos Angolares | São Tomé | Trindade |
Referências
Antevisão de referências
- ↑ a b «Santo António do Príncipe | UCCLA». www.uccla.pt. Consultado em 14 de junho de 2024
- ↑ https://www.stpairways.st/horarios/
- ↑ a b Manuel Fernandes, José. «Santo António - São Tomé e Príncipe - Enquadramento Histórico e Urbanismo». HPIP - Património de Influência Portuguesa. Consultado em 14 de junho de 2024
- ↑ a b McKenna, Amy (2011). The History of Central and Eastern Africa. [S.l.]: The Rosen Publishing Group. p. 72. ISBN 9781615303229
- ↑ McKenna, Amy (2011). The History of Central and Eastern Africa. [S.l.]: The Rosen Publishing Group. p. 73. ISBN 9781615303229
- ↑ https://www.zerozero.pt/estadio.php?id=19892