Batismo por imersão

Batismo do crente por imersão na Northolt Park Baptist Church, na Grande Londres, União Batista da Grã-Bretanha, 2015

Batismo por imersão ou batismo por submersão (do latim immersione; s.f., ato ou efeito de imergir; mergulho.)[1] é a forma de batismo caracterizada pela imersão total em água, adotada por algumas das igrejas cristãs, especialmente batistas, adventistas e pentecostais, e antes deles anabatistas, cátaros, albigenses, donatistas e, no entender daqueles que adotam essa forma de batismo, a própria igreja primitiva. É também a forma utilizada pelos mórmons.

Terminologia

Nada mais é que o étimo grego "βαπτο" (bapto), ao qual se acrescentou o sufixo “-ismós” para formar "βαπτισμα" (baptisma), inarredavelmente significa “imersão”, posto que exatamente esta é a etimologia do verbo “βαπτιζειν” (baptizein, "imergir"/"mergulhar"). Batizar, portanto, deve ser semanticamente compreendido como sendo o ato mergulhar um corpo dentro de outro corpo, no caso, um corpo liquido, a água. Por extensão, a ação o efeito de sepultar um morto comporta também inteira e perfeitamente toda a sematologia da palavra batismo.

Os Batistas,[2] entretanto, insistem na presença de um significado teológico que se projeta para além da sepultura (morte) e da imersão em água. Argumentam que a morte de Jesus pouco significa, se isoladamente considerada. Afinal, todos morrem e que mérito algum há nisso, conseqüentemente. O que faz a morte de Jesus ser tão gloriosamente diferente é a sua ressurreição, e é exatamente esta a ideia que os Batistas consideram claramente implícita no batismo[3] (Colossenses 2:11–12). Insistem, além disso, que a ressurreição é o ponto basilar da fé cristã (I Coríntios 15:14) e que Cristo teria afirmado textualmente que ele mesmo era «a ressurreição e a vida» (João 11:25).

Dai o necessário entendimento de que a submersão precisa ser completa, para que haja verdadeiro batismo, visto que o significado maior deste deve ser encontrado exatamente na retomada da vida após a morte com Jesus, representada pela emersão (Efésios 2:1–5 e Colossenses 2:13). Assim como a ressurreição reverte a morte, os batistas pretendem que a emersão revertendo a imersão identifica o converso, não somente com a morte, mas principalmente com ressurreição de Cristo (Romanos 6:3). Insistem, finalmente, que a segunda etapa (emersão/ressurreição) não tem como ocorrer, sem que antes a primeira tenha ocorrido (imersão/sepultamento).

Como paradigma dessa doutrina, os batistas acreditam que a descrição dos batismos narrados no Novo Testamento levam à irrefutável conclusão de que eles aconteceram sob a forma de batismo por imersão. Entre os exemplos que podem ser mencionados destaca-se principalmente o batismo a que o próprio Jesus pessoalmente se submeteu. (Mateus 3:16; Marcos 1:9–10; Atos 8:36–39). A expressão "sair da água", encontrada em todas estas três referências, portanto, não deixaria a menor sombra de dúvida de que Jesus realmente teria sido batizado por imersão. Idêntico raciocínio julgam ser implicitamente aplicável ao batismo do etíope por Filipe (Atos 8:39)

Reivindicação de apoio bíblico para o batismo por imersão total (submersão)

Batismo num rio, por submersão, em Carolina do Norte, na virada do século XX

Teólogos cristãos, como John Piper usam várias partes do Novo Testamento para apoiar a imersão total (submersão) como o símbolo pretendido:

Batismo do crente por imersão, em Igreja Quadrangular na Aracaju, Brasil, 2015

Piper afirma que o batismo se refere à redução física dentro da água e aumento na fé em parte por causa da reflexão deste símbolo em (Colossenses 2:12), que diz que "tendo sido sepultados com ele no batismo, e levantou com ele através de sua fé no poder de Deus, que ressuscitou dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós possamos caminhar em novidade de vida ". [4]

Veja também

Referências

Ligações externas

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