Fatou Bensouda
Fatou Bensouda | |
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Procuradora-Chefe da Corte Penal Internacional | |
Período | 15 de junho de 2012 15 de junho de 2021 |
Presidente | Song Sang-Hyun Silvia Fernández de Gurmendi |
Antecessor(a) | Luis Moreno Ocampo |
Sucessor(a) | Karim Khan |
Ministra da Justiça de Gâmbia Procuradora-geral | |
Período | 1998 até 2000 |
Presidente | Yahya Jammeh |
Antecessor(a) | Hawa Sisay-Sabally |
Sucessor(a) | Pap Cheyassin Secka |
Dados pessoais | |
Nascimento | 31 de janeiro de 1961 (63 anos) Banjul, Gâmbia |
Religião | Islã |
Fatou Bom Bensouda, nascida Nyang, (pronúncia: /fɑːˈtuː/ /bɛnˈsəʊdə/; Banjul, 31 de janeiro de 1961) é uma advogada e jurista gâmbia, ex-assessora do presidente Yahya Jammeh. Foi Procuradora do Tribunal Penal Internacional entre 2012 e 2021.
Bensouda foi a procuradora-chefe da Corte Penal Internacional desde junho de 2012, depois de ter servido como procuradora-adjunta desde 2004 e de ter sido ministra da Justiça de Gâmbia. Ela ocupou, também, as funções de assessora jurídica e advogada de julgamentos no Tribunal Penal Internacional para o Ruanda. Foi sucedida por Karim Ahmad Khan.
Início da vida e educação
Nascida em 31 de janeiro de 1961, em Banjul (então Bathurst), Gâmbia, Bensouda é filha de Omar Gaye Nyang, um promotor de wrestling. Ela frequentou a escola primária e secundária na Gâmbia, antes de mudar-se para a Nigéria, onde graduou-se em 1986 na Universidade de IFE com um Bacharel em Leis. No ano seguinte, recebeu sua qualificação profissional de Barrister pela Faculdade de Direito da Nigéria. Mais tarde, tornou-se a primeira especialista em direito marítimo de Gana após se tornar mestre em leis pelo Instituto de Direito, em Malta.[1]
Bensouda é casada com o empresário gambiano-marroquino Phillip Bensouda. Eles têm três filhos, um dos quais é adotado.[2]
Carreira
Fatou Bensouda desempenhou um papel central nos primeiros anos do regime de Yahya Jammeh em Gâmbia, sendo escolhida como sua consultora jurídica em 1994 e ministra da Justiça, desempenhando esta função entre 1998 a 2000. Jammeh foi recorrentemente denunciado por seu desrespeito aos direitos humanos, sendo seu país considerado como uma das "piores ditaduras do mundo".[3][4]
A carreira internacional de Bensouda em órgãos não-governamentais civis iniciou-se formalmente no Tribunal Penal Internacional para Ruanda, onde trabalhou como consultora jurídica e advogada antes de se tornar assessora jurídica e chefe da assessoria jurídica. Em 8 de agosto de 2004, foi eleita vice-procuradora de processos, com maioria esmagadora de votos pela Assembleia dos estados Partes da Corte Penal Internacional. Em 1 de novembro de 2004, Bensouda foi empossada neste cargo.[5]
Em 1 de dezembro de 2011, a Assembleia dos Estados Partes do Tribunal Internacional Penal anunciou que um acordo informal foi atingido para fazer com que Bensouda fosse a escolha de consenso para suceder Luis Moreno Ocampo como procuradora do tribunal.[6] Ela foi formalmente eleita por consenso, em 12 de dezembro de 2011,[7] tendo o seu mandato iniciado em junho de 2012 [8] e emcerrado em 16 de junho de 2021. Sua atuação foi marcada por forte oposição dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump. Foi sucedida por Karim Ahmad Khan.[9]
Reconhecimento
Em dezembro de 2015, foi eleita uma das 100 mulheres mais influentes do mundo pela BBC.[10]
Referências
- ↑ Perfect, David. Historical Dictionary of The Gambia. [S.l.]: Rowman & Littlefield Publishers. p. 59. ISBN 978-1-4422-6526-4
- ↑ Mike Gitau (8 de dezembro de 2014). «The Essence of Fatou Bensouda». Nairobi Sun. Consultado em 7 de março de 2017
- ↑ Esther Addley (5 de junho de 2016). «Fatou Bensouda, the woman who hunts tyrants». The Guardian. Consultado em 7 de março de 2017
- ↑ «Gambia: Why Is Fatou Bensouda, The ICC Chief Prosecutor, Still Silent About The Crimes Yahya Jammeh Is Commuting ?». Freedom Newspaper. 19 de maio de 2016. Consultado em 7 de março de 2017
- ↑ Emmanuel Kwaku Akyeampong e Henry Louis Gates (2012). «Dictionary of African Biography». OUP USA. p. 436. ISBN 978-0-19-538207-5. Consultado em 6 de março de 2017
- ↑ «Fatou Bensouda in Line to Become Next International Criminal Court Prosecuto» (PDF). International Criminal Court. 1 de dezembro de 2011. Consultado em 6 de março de 2017
- ↑ Farouk Chothia (12 de dezembro de 2011). «Africa's Fatou Bensouda is new ICC chief prosecutor». BBC. Consultado em 6 de março de 2017
- ↑ «Fatou Bensouda é a nova procuradora do Tribunal Penal Internacional em Haia». DW. 15 de junho de 2012. Consultado em 6 de março de 2017
- ↑ Martins, Alexandre. «Britânico Karim Khan eleito procurador-geral do Tribunal Penal Internacional». PÚBLICO. Consultado em 31 de janeiro de 2023
- ↑ «BBC 100 Women 2015: Who is on the list?». BBC News (em inglês). 17 de novembro de 2015. Consultado em 17 de dezembro de 2022
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