Connochaetes taurinus

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Gnu-de-cauda-preta na cratera de Ngorongoro, Tanzânia
Gnu-de-cauda-preta na cratera de Ngorongoro, Tanzânia
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Bovidae
Subfamília: Antilopinae
Tribo: Alcelaphini
Gênero: Connochaetes
Espécie: C. taurinus
Nome binomial
Connochaetes taurinus
Burchell, 1824
Distribuição geográfica
Distribuição do gnu-de-cauda-preta (subespécies)
Distribuição do gnu-de-cauda-preta (subespécies)

O gnu-de-cauda-preta (Connochaetes taurinus) ou boi-cavalo-de-cauda-preta[2] (em inglês, blue wildebeest, "gnu-azul") é uma das duas espécies de gnu, encontrada no Leste e Sul da África e contando com pelagem cinzenta, mas face e a cauda negras.

Taxonomia e etimologia

O gnu-de-cauda-preta foi descrito pela primeira vez pelo naturalista inglês William John Burchell em 1823[3] e ele deu-lhe o nome científico Connochaetes taurinus. Ele compartilha o género Connochaetes com o gnu-preto (C. gnou), e é colocado na família dos bovídeos, ruminantes com cascos fendidos.[4] O nome genérico Connochaetes deriva das palavras gregas κόννος, konnos, "barba", e χαίτη, khaite, "cabelos soltos", "juba".[5] O nome específico taurinus tem origem na palavra grega tauros, que significa um touro ou boi.[6] O nome comum "gnu-de-cauda-preta" refere-se ao notável brilho, azul-prateado do casaco,[7] enquanto o nome alternativo "gnu" origina do nome para estes animais usados ​​pelo povo Khoikhoi, uma tribo de pastores nativo do sudoeste da África.[8]

Embora o gnu-de-cauda-preta e o preto estejam atualmente classificados no mesmo gênero, o primeiro foi previamente colocado em um gênero separado, Gorgon. Em um estudo dos cromossomos mitóticos e mtDNA que foi realizado para entender mais sobre as relações evolutivas entre as duas espécies, constatou-se que os dois tiveram uma relação filogenética próxima e divergiram há cerca de um milhão de anos.[9]

Subespécies

O gnu-de-cauda-preta possui cinco subespécies:[10][11][12]

  • C. t. albojubatus (Thomas, 1912), é encontrada no Vale Gregory Rift (ao sul do Equador). Sua ocorrência se estende do norte da Tanzânia ao Quênia central.
  • C. t. cooksoni (Blaine, 1914), é restrita ao vale do Luangwa na Zâmbia. As vezes esses animais podem vagar pelas regiões de platô, no centro de Malawi.
  • C. t. johnstoni (Sclater, 1896), ocorre de Moçambique (norte do Rio Zambezi) até o centro-leste da Tanzânia. Essa subespécie está extinta em Malawi.
  • C. t. mearnsi (Heller, 1913), é encontrada no norte da Tanzânia e sul do Quênia. Seu alcance se estende do oeste do Vale Gregory Rift ao Lago Vitória no Golfo de Speke.
  • C. t. taurinus (Burchell, 1823) é encontrada no sul da África. Seu alcance se estende desde a Namíbia e África do Sul a Moçambique (norte do Rio Orange) e do sudoeste da Zâmbia (sul do rio Zambeze) até o sul de Angola.

Referências

  1. IUCN SSC Antelope Specialist Group. (2020) [errata version of 2016 assessment]. «Connochaetes taurinus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T5229A163322525. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-2.RLTS.T5229A163322525.enAcessível livremente. Consultado em 20 de novembro de 2023 
  2. «O REINO ANIMAL VIII.rtf - CIÊNCIA - Margarida.Sandeski». docs13.minhateca.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2016. Arquivado do original em 19 de outubro de 2016 
  3. Pickering, J. (Outubro de 1997). «William J. Burchell's South African mammal collection, 1810–1815». Archives of Natural History. 24 (3): 311–26. ISSN 0260-9541. doi:10.3366/anh.1997.24.3.311 
  4. Grubb, Peter (2005). «Order Artiodactyla». In: Wilson, D. E.; Reeder, D. M. Mammal Species of the World 3ª ed. [S.l.]: Johns Hopkins University Press. p. 676. ISBN 978-0-8018-8221-0 
  5. Benirschke, K. «Wildebeest, Gnu». Comparative Placentation. Consultado em 6 de setembro de 2014 
  6. «Taurus». Encyclopaedia Britannica. Merriam-Webster. 
  7. Estes, Richard (2004). The Behavior Guide to African Mammals : Including Hoofed Mammals, Carnivores, Primates 4ª ed. [S.l.]: University of California Press. p. 150–156. ISBN 0-520-08085-8 
  8. «Wildebeest». Sheppard Software. Consultado em 6 de setembro de 2014 
  9. Corbet, S.W.; Robinson, T.J. (1991). «Genetic divergence in South African Wildebeest: comparative cytogenetics and analysis of mitochondrial DNA». The Journal of Heredity. 82 (6): 447–452. PMID 1795096 
  10. Aviso de citação: Elemento <ref> com o nome IUCN não pode fazer parte da antevisão porque está definido fora da presente secção ou não foi definido.
  11. «Zambezian and Mopane woodlands». Terrestrial Ecoregions. World Wildlife Fund. Consultado em 5 de abril de 2015 
  12. «Connochaetes taurinus». ITIS. Consultado em 5 de abril de 2015 
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